Quando olhamos as pessoas a partir de suas histórias particulares, compreendemos as razões que as levam as mais variadas condutas. .Alguns comportamentos podem ser considerados exagerados, mas, vistos a partir de um conjunto sucessivo de fatos que se desenrolaram na vida de uma pessoa, podem ser perfeitamente compreensíveis.
Algumas vezes nos deparamos com situações inusitadas, falas aparentemente descontextualizadas, expressões indesejadas. Não entendemos, pois tais atitudes não correspondem com as expectativas sociais das ocasiões em questão.
Entre num culto evangélico e tente entender o que está ocorrendo ali; participe de um encontro num terreiro e avalie se puder o que acontece ali; visite um hospital psiquiátrico e observe o comportamento de um usuário do serviço. Se recortarmos as situações e a observarmos isoladamente, não encontramos as pessoas, encontramos reduções de momentos específicos vividos por um indivíduo. A pessoa num culto evangélico tem uma razão particular para estar ali, construída a cada passo que deu na vida, um após o outro, e só chegou ao passo atual, por conta de todos os outros passos. Assim acontece com os freqüentadores do culto afro e do sujeito adoecido num hospital. Somos esse acumulo de vivencias que, a cada uma que se soma a outra, por mais trivial que seja, nos leva a um sentido mais particular, pois é percebida a partir de leituras anteriores a ela, para depois, podermos lê-la.
Por essa razão, devemos aprender a ver as pessoas, não a partir de recortes de situações que nunca representam o que elas são na totalidade, mas devemos olhar para elas com um pouco mais de atenção, devemos olhar para suas histórias, para o conjunto de fatos que as tornam únicas e tentar entendê-las a partir da maior quantidade de informações possíveis.
Nossa proposta terapêutica consiste neste olhar, nesta forma de observar a vida sem querer dar a ela um sentido, mas perceber o sentido que emerge da vida que é vivida por alguém. Dessa forma, o sentido dado por cada um é sempre particular e único. Assim, o empenho do terapeuta é muito mais intenso, pois não pode se colocar a partir de uma formula única para compreender o sujeito a sua frente. O Divã é um lugar para pessoas únicas. O terapeuta deve se esforçar para ver a singularidade de cada um.
O sujeito no Divã é percebido e observado por outro sujeito, o terapeuta. Porém, esse último sujeito se anula ao máximo para poder ver emergir o sujeito a sua frente. Não podemos buscar introjetar nesse sujeito um outro sujeito, mas dessa relação, um pouco do terapeuta é sempre capitado pelo paciente, sendo a recíproca também verdadeira. É isso que nos torna melhores terapeutas.
A loucura é a ausência da sucessão dos fatos na vida de uma pessoa. As aparições de imagens podem ser para uma pessoa com vivência religiosa espíritos de pessoas mortas desejando contato, ou demônios a serem combatidos, ou mesmo anjos ou Deus. Mas, se tratando de desestrutura de pensamento, falta de sentido na vida, essas imagens são recortes sem sentido e, por isso, loucura. A loucura passa pela ausência de sentido numa história de vida.
A clínica propõe reorganizar a história e vida de uma pessoa e viabilizar um sentido pelo qual valha a pena continuar existindo.
Algumas vezes nos deparamos com situações inusitadas, falas aparentemente descontextualizadas, expressões indesejadas. Não entendemos, pois tais atitudes não correspondem com as expectativas sociais das ocasiões em questão.
Entre num culto evangélico e tente entender o que está ocorrendo ali; participe de um encontro num terreiro e avalie se puder o que acontece ali; visite um hospital psiquiátrico e observe o comportamento de um usuário do serviço. Se recortarmos as situações e a observarmos isoladamente, não encontramos as pessoas, encontramos reduções de momentos específicos vividos por um indivíduo. A pessoa num culto evangélico tem uma razão particular para estar ali, construída a cada passo que deu na vida, um após o outro, e só chegou ao passo atual, por conta de todos os outros passos. Assim acontece com os freqüentadores do culto afro e do sujeito adoecido num hospital. Somos esse acumulo de vivencias que, a cada uma que se soma a outra, por mais trivial que seja, nos leva a um sentido mais particular, pois é percebida a partir de leituras anteriores a ela, para depois, podermos lê-la.
Por essa razão, devemos aprender a ver as pessoas, não a partir de recortes de situações que nunca representam o que elas são na totalidade, mas devemos olhar para elas com um pouco mais de atenção, devemos olhar para suas histórias, para o conjunto de fatos que as tornam únicas e tentar entendê-las a partir da maior quantidade de informações possíveis.
Nossa proposta terapêutica consiste neste olhar, nesta forma de observar a vida sem querer dar a ela um sentido, mas perceber o sentido que emerge da vida que é vivida por alguém. Dessa forma, o sentido dado por cada um é sempre particular e único. Assim, o empenho do terapeuta é muito mais intenso, pois não pode se colocar a partir de uma formula única para compreender o sujeito a sua frente. O Divã é um lugar para pessoas únicas. O terapeuta deve se esforçar para ver a singularidade de cada um.
O sujeito no Divã é percebido e observado por outro sujeito, o terapeuta. Porém, esse último sujeito se anula ao máximo para poder ver emergir o sujeito a sua frente. Não podemos buscar introjetar nesse sujeito um outro sujeito, mas dessa relação, um pouco do terapeuta é sempre capitado pelo paciente, sendo a recíproca também verdadeira. É isso que nos torna melhores terapeutas.
A loucura é a ausência da sucessão dos fatos na vida de uma pessoa. As aparições de imagens podem ser para uma pessoa com vivência religiosa espíritos de pessoas mortas desejando contato, ou demônios a serem combatidos, ou mesmo anjos ou Deus. Mas, se tratando de desestrutura de pensamento, falta de sentido na vida, essas imagens são recortes sem sentido e, por isso, loucura. A loucura passa pela ausência de sentido numa história de vida.
A clínica propõe reorganizar a história e vida de uma pessoa e viabilizar um sentido pelo qual valha a pena continuar existindo.