quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O tempo como Fardo

A linha do tempo me situa
Entre emoções distintas
Da euforia a melancolia
Vou deixando meus pedaços
Na memória e no esquecimento.

Me perdendo e me achando
Prossigo sem saber ao certo
Em que tempo me encontro
Se futuro, presente ou passado.

Só sei que as emoções se alternam
E a tristeza é inevitável
O mundo é inevitável
O tempo é inevitável
E pesa sobre mim.

Queria eu, pelo menos hoje
Não ter de conviver
Com minha própria memória
Com os pedaços deixado no caminho
Pois eles voltam e pesam estranhamente.

Eu nem sei ao certo o que
Mas algo fez transbordar o copo
E o pior é saber que a última gota
Nada tem haver com toda a água do corpo.

Hoje estou mais triste,
Mas isso passa, tudo passa,
Mas isso retorna, tudo retorna...
Enquanto a linha do tempo me situa
Entre emoções distintas
E nela prossegue a vida.

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