domingo, 24 de outubro de 2010

Dor

A cabeça dói, o coração não se contem
Ela parece que vai estourar
Ele parece estar sofrendo o golpe de uma faca
Torna-se difícil até mesmo respirar
Falta ar, falta, faca.
Pra sobreviver ele endureceu
Pra poder continuar batendo com uma faca encravada
Fixa, firme e imponente no seu propósito
De ferir meu coração
Que mal pode se mexer, mal pode bater.
Dói dor profunda, dor que não se explica
E vai amargando o doce da alma
Tirando o sorriso, o animo, a alegria, a beleza...
Deixando o espaço vazio, a falta, a faca.
Mas não vou morrer, sinto isso!
Devo, digo devo por ser da ordem do dever e não do desejo
Devo então reunir forças para puxar a faca
Tirá-la de vez.
Mas tenho medo da dor mais profunda
Do sangue coagulado vertendo
Da dor saindo e seu eco soando indo, indo, indo, pra longe
Depois basta.
O tempo se encarrega de tudo.

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